O movimento mundial a favor da criação de centros regionais de bibliografia impulsionou o surgimento do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD) em 27 de fevereiro de 1954, pelo Decreto do Presidente da República n° 35.124 e vinculado ao CNPq. Alguns anos depois, diante da necessidade de reorganização e coordenação das atividades da Ciência e Tecnologia (C&T) no país, o IBBD se transformou no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que, atualmente, é uma Unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Desde sua criação, o IBICT assumiu o papel de centro de excelência de informação em C&T, desenvolvendo projetos de pesquisa, produtos e serviços, em âmbito nacional, criando e integrando bancos de dados nacionais e sistemas de informação. Dentre os produtos e serviços do IBICT, estão: a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), a Rede BIBLIODATA, a Rede Cariniana de Preservação Digital, o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (Oasisbr) e muitos outros que contribuem para a disseminação, divulgação, preservação e recuperação das informações científicas e tecnológicas. 

Além dos exemplos supramencionados, o IBICT desenvolve várias outras ações com o intuito de estruturar sistemas de informação que atendam à diferentes setores da economia nacional, como o setor mineral, com os Arranjos Produtivos Locais do Setor Mineral (APLMineral) e, também, o setor produtivo, com o uso do Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), o qual atende às necessidades de informação de pequenos empreendedores.

A partir da expertise que o IBICT possui em propor metodologias e tecnologias adequadas para resolução de problemas relacionados às etapas do ciclo informacional (geração, seleção, representação, armazenamento, recuperação, disseminação e preservação), ao longo do tempo, o Instituto firmou parcerias de sucesso com diversas instituições públicas e privadas. Entre os exemplos positivos de acordos firmados entre o IBICT e outros órgãos públicos, pode-se mencionar a parceria recente com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios-TJDFT por meio do projeto Estudo para Implantação de Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC–Arq) .

O projeto fruto do acordo entre IBICT e TJDFT teve por escopo a apresentação “de alternativa de soluções para implantação de um RDC-Arq, integrado com solução de gerenciamento documental, tornando possível a elaboração e disseminação de modelo tecnológico de mapeamento, preservação e disseminação de informações associadas”. Dentre os resultados obtidos no contexto desse projeto foi criado inicialmente um barramento de dados que possibilita a compatibilidade dos dados entre bases de dados arquivísticos do TJDFT e o software Archivematica e AtoM. Posteriormente, foi estruturado um modelo capaz de permitir a integração de uma série de sistemas com o intuito de implementar o RDC-Arq. Este modelo foi batizado de Modelo Hipátia. Por meio do modelo, os dados provenientes das bases de diversos sistemas convertidos em formatos de preservação e depois preservados. São exemplos de sistemas já integrados por meio do modelo Hipátia o DJe, o PJe e o SEI.

Os resultados do projeto Estudo para Implantação de Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC–Arq) têm gerado o interesse de outros órgãos da esfera pública, como é o caso o Arquivo Nacional, que buscou o IBICT recentemente para adaptar a metodologia de construção de barramento proposta no projeto entre IBICT-TJDFT para o contexto do SIAN (Sistema de Informações do Arquivo Nacional). Desse modo, vale ressaltar que as soluções informacionais e tecnológicas e os procedimento metodológicos adotados pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia se mostram exitosos e confiáveis para atender demandas relacionadas à implementação de RDC-Arq.

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